Uma série de simulações por computador realizadas por astrofísicos da universidade de Berna, demonstram que aquele planetas que orbitam a zona habitável de estrelas de baixa massa como ‘Próxima Centauri’, tem muitas probabilidades de serem mais ou menos do mesmo tamanho da Terra e conter grandes quantidades de água.
Em Agosto deste ano, o anúncio de um exoplaneta similar ao nosso na zona habitável da estrela mais próxima ao Sol, a anã vermelha Próxima Centauri, estimulou a imaginação dos especialistas e do público em geral.
Tal descobrimento se somava ao outro produzido meses antes: A descoberta de 3 planetas possivelmente habitáveis, orbitando uma estrela de massa ainda menor, Trappist-1. Isto ajudou a convencer os astrónomos de que as anãs vermelhas poderiam ser anfitriãs de uma grande população de mundos similares à Terra.
Os investigadores Yann Alibert e Willy Benz, da Universidade de Berna (Suiça), basearam os seus cálculos em centenas de estrelas de baixa massa, similares a Próxima Centauri e a formação de planetas ao seu redor.
“Nossos modelos conseguiram reproduzir planetas similares, em termos de massa e período orbital, aos observados recentemente”, explica Alibert no estudo publicado na revista Astronomy and Astrophysics. “Curiosamente, descobrimos que os planetas em órbitas próximas a este tipo de estrelas são de tamanho pequeno. Geralmente, oscilam entre 0,5 e 1,5 do raio da Terra. Os descobrimentos futuros poderão dizer se estamos correctos.”
Além disso, os astrofísicos determinaram a quantidade de água dos planetas na zona “minas de ouro” ao redor da pequena estrela anfitriã. Assim, encontraram que, tendo em conta todos os casos, ao redor de 90% dos planetas estão guardando mais de 10% de água. Comparativamente, a Terra tem uma fracção de água de 0,02%. Assim, a maioria desses planetas são literalmente mundos de água em comparação com a nossa querida esfera azul.
“Embora seja comum pensar que a água líquida é um ingrediente essencial para a vida, em grandes quantidades pode ser prejudicial”, disse o professor Willy Benz. Em estudos anteriores, os cientistas demonstraram que o excesso de água pode evitar que as temperaturas da superfície se regularizem, resultando em uma desestabilização completa do clima.
“Habitável ou não, o estudo dos planetas que orbitam ao redor de estrelas de baixa massa, abre a porta a novos e interessantes resultados que melhoram nosso conhecimento da formação dos planetas, sua evolução e a potencial habitabilidade”, concluiu Benz.
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